Por Melissa Gargalis
31/12/2015
O despertar de um torcedor acontece ainda muito cedo. A fidelidade por um clube costuma passar de geração em geração e os grandes ídolos, geralmente, são os goleadores. São eles que na maior parte das vezes são os responsáveis por nos arrancar sorrisos e reações das mais sinceras e peculiares. No entanto, no Manchester United os ídolos não se restringem aos que vestem chuteiras, meiões e caneleiras. Podemos nos orgulhar de ter uma grande história, composta não só por grandes jogadores, como também por grandes técnicos.
Neste dia 31 de dezembro, Sir. Alex Ferguson completa 74 anos. Em 26 deles, se dedicou ao Manchester United, clube pelo qual conquistou 38 títulos, sendo duas Champions League – em 1998/99 e 2007/08.
Num período que vemos nosso time passar por tantas dificuldades (oito jogos sem vencer, somando todas as competições e, incluindo, a eliminação na UCL), devemos falar com todas as letras: PARABÉNS, Sir. Alex. É nesse momento que valorizamos ainda mais o trabalho feito por esse escocês, que guiou o United por tanto tempo e nos fez estar ao seu lado independente das situações adversas, das brigas com jogadores, das substituições estranhas, ou da aposta em jogadores que não deram em nada.
O verdadeiro técnico é aquele que consegue conquistar a torcida não apenas pelos resultados, como Ferguson o fez de forma brilhante, mas com o simples brilho nos olhos de entrar no estádio, mirar a torcida e aplaudir de volta o reconhecimento que ela lhe oferece.
Desde 2013, tentamos aplaudir os que vieram depois, chegamos a sonhar com um sucessor que pudesse ao menos manter a boa forma do time, mas de lá pra cá não vimos nada disso. Passamos por uma fase bastante sombria e, agora, estamos mergulhados numa instabilidade inquietante.
Na melhor das hipóteses conseguiremos lutar dignamente contra os ‘novos grandes’, endinheirados que estão nos deixando para trás, não pelo poderio financeiro (já que o do United também é forte), mas pela ganancia e pela forma como estão gerenciando seus clubes. Eles não têm grandes glórias como o United e outros clubes tradicionais têm, mas já estão incomodando, e nós não queremos viver apenas do passado, precisamos reagir para ter um futuro tão glorioso quanto é nosso passado.
O estilo de jogo de van Gaal deu certo na Espanha, na Alemanha, na Holanda, mas não na Inglaterra. O futebol na terra da rainha tem raízes diferentes das quais tem o território espanhol, com seu formidável jogo de toque de bola. Esse estilo, agora, ‘boring’ é o bastante para lembrarmos do eterno Sir. Alex com muitas saudades.
Fergie, infelizmente, não voltará ao posto, já deu sua contribuição ao United, fez seu nome e já o registrou na rica história do clube. Nosso reconhecimento por Sir. Alex será eterno, assim como ele será eterno ao clube. Seu nome, sua presença e seus feitos serão eternos, porque nós faremos questão de passá-los de geração em geração. Obrigada, Sir. Alex!
Estudante de jornalismo e colunista do ManUtd BR. Desde que me conheço por gente vivo e respiro futebol. Fã incondicional do Manchester United. Motivo? História, respeito, raça, tragédia, vitória, título e acima de tudo símbolo! Quantos aos outros? Nunca serão!
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