Por Filipy Bebeto
17/09/2013
Todos com os corações ansiosos e os animos exaltados, afinal é o início de uma nova epopéia no velho continente. O United inicia hoje mais uma caminhada, a pergunta que não quer calar é, até onde podemos chegar? Se depender da história do clube podemos ir ao infinito e além, a camisa pesa! O glorioso clube de Manchester viveu recentemente o seu apogeu na maior competição de clubes do mundo, foram cinco memoráveis campanhas, aonde em três oportunidades chegamos a final e duas paramos nas semis. Os tempos são outros, a realidade é outra! Os valores do futebol moderno instauram uma contumélia entre tradição e tradi$$ão, clubes pequenos fazendo grandes investimentos e podendo através destes serem equiparados a gigantes mundiais, é o caso do Chelsea, Manchester City, etc.
O Manchester United é um dos poucos gigantes mundiais que ainda segue, uma filosofia econômica mais ponderada, aqui não tem essa de torrar dinheiro, tampouco, fazer milhares de compras necessárias, porém na última janela, a manutenção dessa filosofia poderá custar caro para os red devils, já que o clube passa por um processo de reformulação. A saída de Alex Ferguson é uma perda incomensurável, pois o clube não perde apenas um bom treinador, perde, sobretudo, seu principal símbolo hegemônico.
O torcedor encontra-se meio receoso em relação a força desse elenco e não é para menos, sem o virtuoso e experiente treinador, nossas chances de conquistar um torneio desse porte são mínimas, não porque temos um escrete limitado, mas, sobretudo, porque os adversários tem elencos poderosos. Taticamente falando o time precisa evoluir bastante, Moyes ainda não criou uma identidade tática autônoma e nem parece ter intuito de fazer tal. Esse 4-4-2 com wingers e sem um armador é o velho “panela velha é que faz comida boa”.
O sistema defensivo é fortíssimo, não obstante, tem algumas rupturas e tudo isso dá pelo mal condicionamento físico dos defensores, não por incapacidade técnica. É falta de perna mesmo na hora de recompor as entrelinhas.
Tecnicamente falando temos um excelente time, bons defensores, dois volantes de muita qualidade técnica e o ataque, ah, nem preciso descrever, temos uma das melhores duplas do mundo, o problema é que eles ainda não estão se comportando como dupla.
Pontos positivos: A entrada de Fellaini trará mais dinâmica e qualidade ao meio campo, bem verdade que sobrecarrega um pouco o Carrick em sua função defensiva, porém nada que comprometa muito.
É sempre bom ver jovens promessas vingando no time principal, dentre todos destaco Januzaj e Lingaard, estas jóias se lapidadas com carinho podem nos render um tesouro. Essa temporada servirá para dar experiência aos garotos.
Pontos negativos: Além da instabilidade física dos defensores, algo preocupante é a falta de criatividade no setor de meio campo, ao usar Valencia e o Welbeck o time só perde, apesar de toda entrega, o time perde demais na qualidade técnica e na armação, é tanto que o Rooney é quem faz papel atípico de meia quando estes dois estão em campo.
Rooney e Van Persie, destro e canhoto, técnica e potência, habilidade e qualidade. Eles não apenas se completam, eles transbordam. Só precisam deixar a soberba um pouco de lado e atuarem como dupla. O ciume pode estragar uma das melhores duplas do mundo.
Apresentado o prognóstico do Manchester United que irá disputar a Uefa Champions Leauge, aguardamos ansiosos pela estréia que será nesta terça feira contra o Bayer Leverkusen.
No peito um coração que pulsa relutantemente pela sua inexorável paixão, a bola. Filipy é amante incondicional do Vasco da Gama e do Manchester United, vive e respira futebol. O pernambucano de 19 anos é assíduo telespectador desse esporte que lhe arranca os suspiros mais ofegantes. Por causa dele, inclusive já furou encontro com a própria namorada. A bola é seu grande amor e somente sob à majestosa ótica daqueles belíssimos gramados verdes é que o pequeno estudante de direito encontra o seu maior refúgio nas tardes negras de domingo.
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