Por Filipy Bebeto
06/01/2015
A falta de um vilão torna qualquer espetáculo mais pobre, pois a figura do vilão é essencial para dar aquele tempero e deixar o enredo mais interessante. Afinal, como brilhantemente definiu Nelson Rodrigues: “Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”. Todo time precisa de um jogador que seja capaz de dar seu próprio sangue, se for preciso, para ver o time vencer. E porque no time dos diabos isso seria diferente?
O United aos poucos vem ganhando envergadura, Louis van Gaal soube remodelar o angelical escrete mancuniano, mas ainda lhe falta um elemento, quero dizer, um mal elemento. É isso mesmo, amigos! O que eu quero dizer é que falta um defensor com sangue nos olhos, alguém capaz de bater a própria mãe se ela jogasse no time adversário. Digo lhes, alguém com espírito de Roy Keane ou Vidic.
Nosso time ostenta a alcunha de “red devils” e ela deve ser representada por alguém dentro de campo. É iminente a carência de um xerife, de um bad boy, daquele cara “sem medo”. Pode parecer loucura, mas o grande problema de nossa defesa não é tão somente o nível técnico, é sobretudo, a falta de segurança. Jones apesar de toda cara feia não assusta. Blind e Herrera são figuras dóceis. É preciso um macho alfa, seja na zaga, seja na cabeça de área.
A presente crônica tem por grande objeto demonstrar a importância de se ter um jogador literalmente forte, no sentido de aliar força física com a força espiritual e psicológica. Fellaini talvez seja o que mais demonstre essa malícia dentro de campo, mas está longe de ser o que efetivamente precisamos.
É hora de ir ao mercado e buscar alguém que traga muito mais que qualidade técnica ao elenco, um jogador auto confiante, seguro e altruísta o suficiente para vestir o manto diabólico. Um homem que coloque medo nos adversários. Strootman? Talvez. Apesar de jovem, sua serenidade assusta. Hummels? É excelente, pois tem todas as qualidades necessárias para liderar uma defesa.
Quem quer que seja o escolhido, que venha com vontade e agregue elementos malignos a esse inocente Manchester United.
No peito um coração que pulsa relutantemente pela sua inexorável paixão, a bola. Filipy é amante incondicional do Vasco da Gama e do Manchester United, vive e respira futebol. O pernambucano de 19 anos é assíduo telespectador desse esporte que lhe arranca os suspiros mais ofegantes. Por causa dele, inclusive já furou encontro com a própria namorada. A bola é seu grande amor e somente sob à majestosa ótica daqueles belíssimos gramados verdes é que o pequeno estudante de direito encontra o seu maior refúgio nas tardes negras de domingo.
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