A vinda de José Mourinho para o Manchester United trouxe também muitas promessas. De certo modo, mesmo sem o brilho esperado, a aposta no português provou-se correta. Em sua primeira temporada, foram três títulos (EFL Cup, Community Shield e a inédita Europa League) e ainda o bônus da vaga na Champions League.
É…Convenhamos, foram muitos empates e uma temporada de certo sofrimento. O futebol, referindo-me ao jogado dentro de campo, ainda não convence por completo. Apesar disso, foi o melhor apresentado desde a saída de Sir. Alex Ferguson.
De alguma forma, o espírito do “velho United” voltou. Mourinho, a exemplo de Fergie, conseguiu alguns milagres. O maior deles pode ter sido Antonio Valencia. Um jogador que muitos de nós já havíamos colocado na lista de dispensa. Depois do que apresentou nesta última temporada, o equatoriano tem vaga garantida e dificilmente outro jogador (do atual elenco) conseguirá concorrer com o camisa 25.
Valencia, aliás, provou ser um dos homens de confiança de José Mourinho. Como sempre, quando falta habilidade, o português consegue fazer com que sua lealdade com alguns jogadores medianos se transforme em confiança e bons rendimentos. Ander Herrera, longe de ser apenas mais um dos que estão na média, também soube retribuir a confiança de Mourinho. Sem dúvida alguma, o espanhol foi um dos destaques da temporada (Lembram – se da segunda partida contra o Chelsea na Premier League? Pois bem, foi GIGANTE).
Mas é…Mesmo assim, foi uma temporada de muitas críticas (algumas exageradas). Ao meu ver, a dependência de Zlatan Ibrahimovic é uma das mais difíceis de se analisar. Se por um lado o sueco foi salvador, por outro ele foi o desespero do United. O que acontece quando o “Deus de Manchester” não está em campo? A falta de gols responde por si só…Ah, e foram tantas chances criadas! Mas também foram tantas desperdiçadas…Pontos ficaram pelo caminho e a exigência do torcedor por um ataque eficiente deixou tudo parecer ainda pior. Não foi fácil.
Apesar de tantos pesares, os títulos vieram. Nada camufla melhor a sensação de descontentamento. É como um colírio para aliviar os olhos já cansados. Nesta temporada, escapamos do vexame que protagonizamos nos anos anteriores. Não fomos brilhantes, mas terminamos bem e, para um United nem tão especial como outrora, o importante é que tivemos conquistas respeitáveis.
Como venho falando em outras colunas, Mourinho não é um cara que agrada a todos. De fato, ele realmente não faz questão de passar essa impressão. Está longe de ser o bom moço das histórias do futebol, mas em um clube como o Manchester United, dos Diabos Vermelhos, essa também não é a maior das preocupações. A missão é simples, clara e direta: Voltar a levantar troféus.
Neste quesito, confio em Mourinho. Vieram grandes contratações em sua primeira temporada. Bailly foi a melhor delas (Amém, temos um zagueiro!!!). Além dele, Ibra e Pogba também foram acertos pontuais. Outros treinadores não conseguiram trazer reforços de tamanho peso naquela ocasião.
Fora de campo, referindo-me a patrocínios e marketing, ainda conseguimos nos manter entre os melhores da Europa. Falem o que for, mas os americanos são bons nesses negócio$$.
Por fim, agora só nos restam as tão insuportáveis especulações. As novelas com possíveis reforços ainda estão longe de acabar, mas seja lá quem vier, o primeiro passo já foi dado: Estamos novamente no caminho dos grandes da Europa.