A exploração dos clubes europeus pelo mundo no período de pré-temporada não é recente, mas começa a ganhar força a cada ano, principalmente em excursões para a América do Norte, Ásia e na Oceania. Motivos? Não só por puro marketing, mas também diante da certeza que cada partida recebe presença massiva do público. Mas, para José Mourinho, mesmo ciente da importância do evento, não escondeu a vontade de voltar para a América. Entre as razões da preferência, o treinador apenas citou as condições climáticas, mas dá para interpretar que entra outro fator como a fácil adaptação. O português esteve por lá seis vezes nas últimas sete temporadas ao comando da Internazionale, Real Madrid e Chelsea.
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“Eu acho que (o apoio) é uma das razões de estarmos aqui. Obviamente também contam os motivos comerciais, mas acima disso é dada a grande base de torcedores que o clube tem na Ásia, especialmente na China,” afirmou. “Nós tivemos neste momento, pelas condições climáticas, uma pré-temporada mais fácil na Europa, inclusive na América do Norte, então esta decisão de vir para é baseado na paixão e no respeito com os fãs”, explicou o treinador.
Em outro momento, o professor novamente comparou o tempo de preparação que o Borussia Dortmund teve em relação aos Red Devils e, por isso preferiu isentar os jogadores de qualquer culpa: “Eu não acho que eu consigo analisar eles (os jogadores) com uma diferença de poder. Neste momento, os mecanismos estão completamente diferentes, é a Fórmula 1 contra a Fórmula 3, eles são muito mais acentuados, você pode ver isso. Então é difícil de julgar os meus jogadores, mesmo ainda nessas circunstâncias, é bastante fácil de conseguir três, quatro ou cinco deles, e também a qualidade, a mentalidade, a personalidade, o desejo de jogar ainda está lá e isso é fácil para mim,” justificou. “Mas não, 10 dias de trabalho, o pessoal está cansado, jogos contra oponentes de alta qualidade em um estágio avançado na preparação, então isso é muito difícil, além de ser injusto (de julgá-los),” adicionou.
Ainda no mesmo assunto, o português fez questão de tratar a última partida como ‘bola para frente’ e avisou que todos terão chances de se manterem no elenco: “E dia após dias, eles vão começando a conquistar minha confiança, vão começar a ganhar suas posições, e a verdade é que a situação seja de termos seis jogadores que fiquem na Europa, somando com Smalling e Rooney, então seriam oito jogadores envolvidos no elenco, e tudo começará a ser diferente”.