Jogando contra um time mais estruturado que o LA Galaxy, era de se esperar que o United tivesse mais trabalho para conseguir a sua segunda vitória sob o comando de Louis Van Gaal. De toda forma, o que se viu de bom futebol na primeira etapa, acabou sendo trocado por um segundo tempo irregular e cheio de fragilidades defensivas, que permitiu que o resultado confortável de 3×0 obtido na primeira etapa se transformasse em um 3×2 eletrizante nos últimos minutos.
Ainda falta muito para os comandados de Van Gaal adquirirem mais confiança e se adaptarem ao novo esquema tático, mas percebe-se mais empenho e, quando o time joga com o que tem de melhor, há ainda mais qualidade, sobretudo no ataque. A vitória de hoje poderia ter sido mais tranquila, mas as adversidades de hoje já servem como aviso para o técnico holandês organizar mais o setor defensivo para os próximos jogos, que tenderão a ser ainda mais complicados, pela qualidade de Inter de Milão e Real Madrid.
- O jogo
Após vencer por apenas 1×0 o Liverpool em sua última partida, a Roma começou a partida tentando surpreender a zaga Red Devil. Aos 2 minutos Destro já conseguiu furar a defesa e arriscou chute perigoso. O atacante italiano continuou pressionando e se movimentando bem, dando trabalho principalmente para James no lado esquerdo da defesa em suas triangulações com Ucan. O United trocava poucos passes no início do jogo e Mata, Herrera e Cleverley não faziam uma das partidas mais inspiradas no meio de campo. Dessa forma, era a Roma quem assustava, forçando James, Evans, Jones e Blackett a prestarem ainda mais atenção às investidas italianas.
Mas foi a qualidade individual do ataque Red Devil que acabou prevalecendo no final da primeira etapa. Aos 36 minutos, Rooney recebeu fora da grande área, tirou da marcação e acertou um chute espetacular no ângulo da meta adversária, sem chances para o goleiro. Após alguns minutos de intensa pressão do time de Old Trafford, mais um gol: Mata recebeu lançamento preciso de Rooney e, dentro da grande área, tocou na saída de Skorupski, encobrindo o goleiro e ampliando o placar. Antes do final do primeiro tempo, Welbeck sofreu falta na grande área e Rooney, com categoria, selou o placar da primeira etapa com a cobrança de pênalti, 3×0.
- Segundo tempo
Muita marcação foia a marca dos primeiros minutos do reinício da partida. Embora a Roma aparecesse mais no campo ofensivo, sobretudo por aproveitar a falta de entrosamento dos jogadores do United com o novo esquema tático, poucas eram as chances que realmente ofereciam algum perigo ao gol de Amos. A partir dos 60 minutos, o time de Van Gaal passou a controlar melhor a posse da bola, trocando passes com mais tranquilidade, embora, até os 70, só tenha conseguido chegar em uma cobrança de escanteio que deu trabalho para .
Mas foi em um lance daqueles raros de se ver que a Roma conseguiu marcar seu gol. Aos 75 minutos, do campo defensivo, Pjanic viu Amos adiantado e acertou um chute de muita felicidade, diminuindo a vantagem do United para apenas dois gols. A resposta do United vinha em contra-ataques e, num desses, Nani até teve boa oportunidade de chutar, ao receber livre na entrada da grande área, mas o arremate foi tranquilamente defendido por Skorupski.
Antes do final da partida, a Roma passou a pressionar com mais ímpeto e deu trabalho a Amos. No primeiro lance, aos 84 minutos, Borrielo achou fácil o espaço na grande área e a bola acabou sobrando para Leandro Castan tentar um voleio que o o goleiro Red Devil esticou-se todo para conseguir defender. Já em um segundo momento, Keane acabou se atrapalhando na grande área e colocou a mão na bola, permitindo que o pênalti fosse assinalado. Na cobrança, Totti não desperdiçou e deixou o placar em 3×2, o qual seria mantido até o final da partida.
- Avaliação dos jogadores
Johnstone – Pecou no posicionamento em alguns lances, dando oportunidade para Destro conseguir assustar a torcida com alguns chutes, mas não sofreu nenhum gol – 6
Valencia – Outra partida pouco inspirada. Não apareceu muito no ataque, pouco contribuiu nos lances mais incisivos e não foi lá uma grande referência na defesa – 4
Evans – Fez algumas boas interceptações de ataques adversários, mas precisa ficar mais atento para não ser surpreendido pelos lançamentos adversários – 5.5
Jones – Também teve seus bons momentos, mas é outro que precisa estar mais ligado no jogo – 6
Blackett – Teve trabalho nos primeiros minutos e, aos 30, evitou que Iturbe aparecesse livre no campo de ataque. Também falhou na construção da linha de impedimento – 5.5
James – Segurou as investidas de Destro em vários momentos da primeira etapa, mas apareceu menos do que gostaríamos no ataque – 6
Herrera – Esteve longe de ser brilhante ofensivamente como no último jogo. Não comprometeu a defesa e ajudou quando possível o ataque – 7
Cleverley – Escalado como capitão hoje, teve uma partida fraca, pecando na distribuição dos passes e na marcação no meio-campo – 4.5
Mata – Sumido nos primeiros minutos, seu talento apareceu ao lado de Rooney nos minutos finais do primeiro tempo e foi crucial para o placar favorável – 7.5
Welbeck – Correu muito, mas sua movimentação teve como momento mais importante o pênalti sofrido aos 46 minutos – 6.5
Rooney – Apareceu mais individualmente do que no coletivo, mas com seus dois gols desequilibrou a partida para o lado Red Devil – 8
- Substituições
Amos (Johnstone) – Demonstrou um certo nervosismo em alguns lances e o primeiro gol que sofreu poderia ter sido evitado. Ainda fez boas defesas, sobretudo no fim do jogo – 5.5
Keane (Evans) – Faltou maturidade ao jovem defensor, sobretudo no lance que resultou no pênalti – 5
Smalling (Jones) – “Caneleiro” como sempre, até ajudou em alguns lances, mas falta mais garra e disposição para ser uma peça de confiança na zaga – 5
Shaw (James) – Não foi tão participativo quanto gostaríamos, mas teve seus lampejos no campo ofensivo – 6.5
Nani (Valencia) – Mais uma exibição pouco inspirada. Pouca criatividade, muitos passes errados e um chute sem perigo ao gol adversário foi tudo que vimos do português hoje – 4
Young (Rooney) – Além de um outro bom cruzamento, pouco fez na partida – 4.5
Kagawa (Herrera) – Um pouco mais disposto na marcação, mas ainda precisando de mais criatividade no setor ofensivo – 5.5
Will Keane (Mata) – Não se mostrou muito à vontade em campo. Tem potencial, inclusive tendo uma chance de marcar seu gol, mas ainda precisa ser bastante aprimorado – 6
Chicharito (Cleverley) – Vai precisar de muito mais esforço e também de gols para ter chances no time de Louis Van Gaal. Performance abaixo do que ele pode fazer – 4.5
- Assista os gols da partida