O Manchester United publicou os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do atual ano fiscal, revelando um desempenho sólido apesar da leve queda na receita total.
Segundo o relatório, o clube registrou 140,3 de libras milhões em receitas, número ligeiramente inferior aos 143,1 milhões de libras do mesmo período do ano passado, uma redução de 2,0%.
Os dados mostram que a maior retração ocorreu nas receitas de transmissão, que passaram de 31,3 milhões de libras para 29,9 milhões de libras (queda de 4,5%). A receita comercial também apresentou leve redução, caindo 1,3% para 84,2 milhões de libras. Já as receitas de dia de jogo se mantiveram praticamente estáveis, totalizando 26,2 milhões de libras.
Apesar da diminuição de faturamento, o clube apresentou uma reviravolta importante no desempenho operacional. O lucro operacional do trimestre atingiu 13 milhões de libras, contrastando com o prejuízo de 7 milhões de libras reportado no período equivalente de 2024. O EBITDA ajustado também teve alta significativa, subindo 13,5% para 26,9 milhões de libras.
Já a dívida líquida do clube aumentou para o nível mais alto de todos os tempos: 749,2 milhões de libras, após o clube utilizar um empréstimo adicional de 105 milhões de libras de sua linha de crédito.
A dívida da aquisição feita pelos Glazers permanece inalterada em 481 milhões de libras, mantendo-se como um dos maiores pontos de pressão financeira sobre o clube.
O CEO do clube, Omar Berrada, destacou que os números refletem o início de uma nova fase administrativa no Manchester United:
“Estes sólidos resultados financeiros refletem a resiliência do Manchester United, à medida que avançamos significativamente na transformação do clube. As difíceis decisões que tomamos no último ano resultaram numa base de custos sustentavelmente mais baixa e numa organização mais enxuta e eficaz, preparada para impulsionar o clube rumo a um melhor desempenho desportivo e comercial a longo prazo.”
Os dados financeiros reforçam que a nova direção vem priorizando a reestruturação e a eficiência operacional, com impacto direto na redução de custos e, consequentemente, na melhora da margem financeira. Mesmo com receita em leve retração, o clube mostrou maior saúde econômica e capacidade de gerar lucro operacional, ponto crucial na estratégia para recuperar competitividade dentro e fora de campo.
O relatório também confirma que as dívidas não correntes em dólar permaneceram estáveis em 650 milhões de dólares, sem alteração em relação ao ano anterior.
Com a temporada em curso e mudanças estruturais já implementadas, o Manchester United projeta um cenário de evolução gradual tanto no desempenho esportivo quanto nos resultados comerciais ao longo dos próximos trimestres.


