Por Filipy Bebeto
03/11/2014
Nos últimos dias vimos muitos questionando os resultados do nosso novo comandante, isso mesmo, novo. Louis van Gaal teve que remodelar sua própria filosofia para se adequar ao Manchester United. É um novo van Gaal, versão mais light. O modelo pragmático do holandês não vinha agradando a tradicionalista e dogmática torcida do United.
Apesar de alguns resultados lastimáveis, não há motivo para pânico. As adversidades e a falta de sorte estão prejudicando demais o ainda conturbado elenco mancuniano. As sequelas da última temporada ainda estão muito vivas na mente do torcedor e dos jogadores remanescentes. Para os que chegaram é normal, afinal, esse período de transição é sempre meio conturbado. Sobretudo a migração para uma liga tão competitiva e para um clube que vive um momento de reformulação efetiva. Há portanto uma dupla adaptação, os jogadores chegam não como peças de encaixe, mas na verdade de instrumentos a serem montados.
Acontece que os ventos não estão soprando a favor do United e dentre as adversidades podemos citar os inúmeros desfalques que torna impossível que o treinador dê sequência a um modelo de time. Essas datas FIFA também estão sendo cruéis. Outro fator cruel são os erros inviduais, tanto dos jogadores, quanto dos árbitros em algumas ocasiões cruciais.
Diferentemente do que apontam, o erro não está apenas na fragilidade da defesa, está também nas oscilações do meio campo. Tanto naquela proteção da cabeça de área, quanto na cobertura e, sobretudo, na armação das jogadas que estão fluindo apenas pelas pontas. Enfim, as lastimáveis atuações de Mata, Herrera e Di Maria diante do WBA estão aí para comprovar isso.
É preciso paciência! As evoluções coletivas estão diante dos nossos olhos. Está faltando na verdade maior comprometimento por parte dos jogadores. Se o sistema defensivo é frágil, que essa marcação se inicie em setores mais avançados. Como ocorria quando jogávamos com três zagueiros.
As táticas do van Gaal estão sendo muito bem elaboradas. Mas estao sendo muito mal executadas por parte de alguns jogadores. A equipe tá sendo bem treinada, exemplo diaso é a partida que Rooney foi expulso, vocês viram as duas linhas de quatro bem postadas e retraídas antes do meio campo? Aquilo é prova viva de que existem variáveis na agulha.
Concordo que os resultados poderiam ser melhores, mas a culpa não é exclusivamente do treinador. Pelo contrário, se você escala Mata, Di Maria, Herrera, Januzaj e Van Persie, você espera que eles correspondam, que vençam naturalmente. Faltou futebol e ímpeto. Faltou até mesmo o espírito do treinador em campo, talvez o Rooney. Faltou amor a camisa e empenho por parte desses masterclass que não conseguiram jogar num nível digno. A culpa não pode sempre ficar pro treinador que tem se remodelado para se adequar a Premier e ao United.
O que eu quero dizer é que aos poucos o time vai ganhando envergadura para o decorrer do campeonato. Paciência!
No peito um coração que pulsa relutantemente pela sua inexorável paixão, a bola. Filipy é amante incondicional do Vasco da Gama e do Manchester United, vive e respira futebol. O pernambucano de 19 anos é assíduo telespectador desse esporte que lhe arranca os suspiros mais ofegantes. Por causa dele, inclusive já furou encontro com a própria namorada. A bola é seu grande amor e somente sob à majestosa ótica daqueles belíssimos gramados verdes é que o pequeno estudante de direito encontra o seu maior refúgio nas tardes negras de domingo.
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