Não é uma simples despedida. É um sentimento misto de dor e esperança. Após 29 anos, Ryan Giggs não fará o percurso tão habitual do vestiário para o túnel de entrada do Old Trafford. O trajeto repetido desde que tinha 14 anos será alterado, mas o carinho e a idolatria da torcida por um de seus maiores símbolos será para sempre o mesmo.

O menino que brilhou com a camisa 11, há tempos deixou de ser apenas uma promessa talentosa e se tornou um dos maiores ‘papa-títulos’ da Inglaterra e da Europa. Depois de tantas glórias conquistas, Giggs, na juventude de seus 42 anos, optou por seguir seu próprio caminho.

Sempre determinado e com fome de vencer, era previsível que mais cedo ou mais tarde, ele deixaria o Manchester United. Não por vontade própria, mas pelas circunstâncias. Este dia chegou e tudo que nós podemos fazer é agradecer.

O futebol é assim. Nos faz vibrar e chorar. Hoje, com a notícia de sua despedida, é um dia para fazermos os dois. Vibrar por ter tido a oportunidade de tê-lo visto jogar com a camisa do Manchester United e derrubar algumas lágrimas ao lembrarmos da falta que sua presença fará. Apesar disso, é hora de entender e apoiá-lo, afinal, não é um adeus definitivo, mas, sim, um até logo.

A nação red devil espera que, diferentemente de Gary Neville com suas experiências no Valencia e também na Seleção Inglesa, Giggsy possa ter mais sucesso no início da nova e cruel profissão. Estaremos torcendo e esperando pelo retorno do gênio galês ao Manchester United.