O cenário é caótico e o alerta vermelho está mais do que ligado: está tinindo! As semanas passam e a cada rodada fica mais evidente de que estamos desperdiçando tempo. É em vão prosseguir para águas mais profundas, pois com esse treinamento raso a tendência é sucumbir e se afundar.
Ao que parece, estamos em pleno estado de distopia. Não, não me refiro a belíssima canção do Megadeth, mas ao fato de que estamos vivendo uma realidade paralela e imaginária, um drama escrito por Shakespeare ou melhor, uma completa utopia.
Enquanto fontes ligadas a Manchester afirmam que a torcida local e ao staff na Inglaterra permanecem confiantes e apoiando o treinador, nós que estamos do outro lado do oceano nos angustiamos e concluímos que há uma completa desordem e uma pandemia de insanidade.
Há no âmago do torcedor um sentimento de frustração por antecedência, ainda que estejamos somente no início de uma longa jornada. Montamos um elenco impecável, mas por incrível que pareça não há um só cristão consciente e lúcido, ainda que cheio de fé, que consiga acreditar em um futuro de glórias com essa comissão técnica.
Há uma completa desordem funcional. Tudo aponta no sentido de que o trabalho ficou grande demais para mentes tão pequenas. Solksjaer & cia fizeram um trabalho incrível de reformulação do plantel. Implantaram um clima e uma mística incrível dentro do vestiário e nos arredores, mas se esqueceram de investir em algo que é essencial: trabalho dentro de campo.
De nada vai adiantar investir sem retorno. Grandes expectativas costumam trazer junto de si grandes responsabilidades, logo, quanto maior o investimento, maior é a cobrança. Isso é simetria. Era inimaginável que um elenco tão cheio de opções fosse ser administrado de maneira tão pobre. Contudo, a realidade é essa.
Em conclusão, esperamos que com essa data FIFA, o clube se mova no sentido de organizar a bagunça que as expectativas frustradas ocasionaram. É tempo de aprimoramento e reconstrução. Se não tomarem boas decisões nas próximas semanas é totalmente possível que a situação se torne irreversível e coloquemos a temporada a perder.
Aqui, deixando bem claro, não se espera uma demissão imediata do treinador – apesar de assim desejar, mas vejo sinceramente que é uma oportunidade do próprio Solksjaer fazer uma auto crítica e buscar opções para incrementar sua comissão técnica e métodos de treinamentos. Largar um pouco a panelinha e o cabide de emprego para coleguinhas incompetentes, para então, quem sabe, em sua cartada final, conseguir recrutar bons treinadores adjuntos para restaurar a dignidade técnica, tática e psicológica do time.
Resta a Solksjaer um último tiro ao longo das próximas semanas, pois logo mais os resultados, a falta de qualidade e a insatisfação do próprio elenco frustrado irão escancarar a distopia e mostrar a realidade para todos os que se recusam enxergar o óbvio ululante.
No peito um coração que pulsa relutantemente pela sua inexorável paixão, a bola. Filipy é amante incondicional do Vasco da Gama e do Manchester United, vive e respira futebol. O pernambucano de 19 anos é assíduo telespectador desse esporte que lhe arranca os suspiros mais ofegantes. Por causa dele, inclusive já furou encontro com a própria namorada. A bola é seu grande amor e somente sob à majestosa ótica daqueles belíssimos gramados verdes é que o pequeno estudante de direito encontra o seu maior refúgio nas tardes negras de domingo.
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