Por Melissa Gargalis
15/09/2014
A chegada de Louis van Gaal como treinador do Manchester United deixou claro que o clube, que uma vez fora chamado de Newton Heath, iria passar por muitas mudanças.
Para começar, trouxe dois jogadores (Ander Herrera e Luke Shaw), implantou um novo modelo tático e garantiu uma nova filosofia de trabalho, ou melhor, a sua filosofia.
Logo na estreia do campeonato inglês, derrota para o Swansea, em pleno Old Trafford. Mais dois jogos e dois empates seguidos. Um início frustrante, que deixou os torcedores preocupados e receosos de terem de assistir mais uma temporada ruim.
A cobrança por bons resultados e por uma reconstrução rápida do velho United foi imediata. Louis van Gaal, entendeu o recado e trouxe mais três jogadores. Ángel Di Maria, Daley Blind e Radamel Falcao Garcia.
O argentino, Di Maria, peça importantíssima para seu ex-clube na campanha vitoriosa da Uefa Champions League, caiu como uma benção em Old Trafford. Foram investidos, no meia de 26 anos, nada menos que 59.7 milhões de libras. Os valores que mais se aproximam dos números gastos em Di Maria foram com Dimitar Berbatov (aproximadamente 31 milhões de libras em 2008/2009) e na temporada passada com Juan Mata (37.1 milhões de libras).
Um início ruim renderam 3 ótimas contratações. Compras, que demonstraram que o United não está para brincadeira, e que os resultados precisam aparecer a qualquer custo.
O primeiro deles, finalmente se estabeleceu na goleada sobre o QPR por 4 a 0. Uma vitória que veio na hora certa, marcando a estreia de alguns jogadores e garantindo uma nova cara ao Manchester United.
A nova cara tem a ver com LVG, que apesar de ter cravado o sistema 3-4-1-2 como modelo padrão para o restante da temporada, entrou em campo contra o QPR, com o velho 4-4-2. Ou seja, vamos nos preparar e nos acostumar com as mudanças táticas que serão executadas pelo holandês. Aliás, reforço que elas serão necessárias. Contra adversários mais fortes, por exemplo, é muito provável que van Gaal, volte a utilizar 3 zagueiros para tentar fortalecer o setor que ainda é frágil.
Apesar da recente empolgação com o resultado da quarta rodada da Premier League, o Manchester United ainda está num processo de construção, que tende a ser mais rápido, tendo em vista os grandes reforços que chegaram para integrar o time titular.
A princípio será necessário uma breve adaptação e entrosamento entre os jogadores. Depois disso, os resultados.
O Manchester United decidiu prezar pelo agora. Sair dessa desconfortável situação de declínio e humilhação que sofreu na última temporada. O risco de perder grandes negócios num futuro próximo mexeu com a cabeça dos Glazers, que liberam a verba de vez, de modo que a recuperação do United seja mais breve possível.
Enquanto isso, dentro do clube, ainda existe a tentativa de manter a tradição e investir em grandes jogadores que sejam crias da casa. Muito provavelmente por isso, alguns criticaram a ida de Danny Welbeck para o Arsenal.
Por outro lado, Tyler Blackett é titular do time principal. Januzaj perdeu um pouco de espaço devido ao modelo tático adotado por van Gaal, mas ainda sim está entre os reservas e certamente entrará em campo com certa frequência. Andreas Pereira também vai beliscar uma vaguinha, nem que for entre os reservas (ele esteve no banco contra o QPR). E assim, esperamos que essa garotada futuramente possa nos dar muitas alegrias.
Finalizando… Apenas como observação o United vem seguindo direitinho a lista que mencionei na minha outra coluna: “Pela volta do United”, em maio. Claro que foram sugestões simples e até mesmo óbvias, mas ainda acho que muitas vezes fazer o simples é muito mais racional e pode, sim, trazer a solidez e o sucesso de um trabalho.
Estudante de jornalismo e colunista do ManUtd BR. Desde que me conheço por gente vivo e respiro futebol. Fã incondicional do Manchester United. Motivo? História, respeito, raça, tragédia, vitória, título e acima de tudo símbolo! Quantos aos outros? Nunca serão!
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