Por Melissa Gargalis
22/02/2016
Vamos esquecer o passado. A atual situação do Manchester United não nos permite lembrar das glórias que um dia fomos capazes de conquistar. O momento irregular no Campeonato Inglês e desesperador na Liga Europa é para ser lamentado, mas não para nos conformarmos. A situação em que o Manchester United se depara, após perder para uma equipe da Dinamarca, na Liga Europa, é para nos alertar do que podemos nos tornar no futuro.
Em meio a tantas especulações e boatos furados em que vimos o nome do maior campeão inglês ser exposto, podemos dizer que a credibilidade e a segurança já não fazem mais parte do dia-a-dia do clube. Seria esse um início de um processo de “apequenamento” do Manchester United? Como podemos ignorar os fatos e insistir nos erros? Como podemos desperdiçar oportunidades e manter a conformidade? Não são poucas as questões, mas acho que a mais dura delas é: O que será do Manchester United?
Analisando friamente os fatos, passando pelos recordes negativos que se tornaram rotina sob o comando de Louis van Gaal, o jogo do Manchester United está péssimo. Aliás, não há jogo. Existem pessoas dentro de campo que, vez ou outra, conseguem acertar passes e chegar ao gol, sem convencer. A filosofia existe e se consiste em tocar a bola no campo defensivo. Falta criatividade, então? Muita, mas com essa filosofia de toque de bola inofensivo e covarde, não será Cristiano Ronaldo e Messi que resolverão o problema do Manchester United.
Na Inglaterra, meu amigo, o Leicester pode surpreender, o Stoke City e o Southampton podem surpreender. Qualquer um pode surpreender. Na terra da rainha, o que dita o futebol não é ‘toca-toca-toca’ de bola, mas, sim, a velocidade e dinamismo, que pode ser aliado ao toque de bola. Coisas que não apresentamos em um jogo minimamente digno que fizemos nesta temporada.
O que está acontecendo? Um duro castigo aos torcedores e um pecado ao trabalho de um cidadão que dedicou toda a vida para tornar o clube ainda maior. Louis van Gaal pode ter o currículo que for, mas ele não conhece, ou não quis conhecer o suficientemente a Premier League. O holandês não sabe lidar com a imprensa, não sabe lidar com seus jogadores, não sabe lidar com os torcedores e, por fim, não sabe lidar com o Manchester United.
A teimosia do técnico de querer fazer uma coisa que simplesmente não deu certo está nos custando muito e a insistência de LvG pode resultar em duas coisas: A superação (improvável) do time e dele próprio, ou o fundo do poço, que ainda ocasionará uma mancha negra enorme na história do clube.
Não é questão de culpar um só, afinal, os jogadores têm grande participação nessa história. Se o atacante perde gol, a culpa não é do técnico, se a defesa tem ”500” lesionados, a culpa não é do técnico, se o meio de campo é ineficiente com as transições, assistências, lançamentos, a culpa não é do técnico, somente. Todos tem um pouco de responsabilidade. Não vamos nos esquecer dos “homens de terno”, que têm tanta culpa, quanto os que vestem as chuteiras ou riscam a prancheta.
Mas voltando para van Gaal, a bola da vez, a responsabilidade dada a ele foi de cumprir uma missão desempenhada por todos os “managers”: visualizar, enxergar à frente e fazer seu time ser competitivo usando as armas que tem. O Manchester United não é mais competitivo e a situação pode piorar se passarmos pelo vexame de manter Louis van Gaal no comando para enfrentar um Manchester City, que terá Pep Guardiola na próxima temporada. É uma tremenda insanidade manter as coisas como estão.
Por isso, digo que as escolhas do clube, neste momento, vão definir o que será do maior campeão inglês daqui para frente. Queremos acabar com tudo aquilo que construímos? Queremos nos tornar pequenos? Queremos tomar de 7 a 1? Se não abrirmos os olhos, tomarmos uma atitude, será o Manchester United o primo pobre, o time que não irá avançar às oitavas de final da UCL, que não se classificará para a UCL. Seremos nós, a piada da vez.
A alternativa, vocês já sabem. A primeira mudança deve ser no comando, com a contratação de José Mourinho!
Estudante de jornalismo e colunista do ManUtd BR. Desde que me conheço por gente vivo e respiro futebol. Fã incondicional do Manchester United. Motivo? História, respeito, raça, tragédia, vitória, título e acima de tudo símbolo! Quantos aos outros? Nunca serão!
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