Por Melissa Gargalis
07/08/2015
Há quase um ano atrás estávamos impacientes e esperançosos, afinal a ocasião era para tanto.
Primeiro surgiram os boatos, depois algumas declarações convictas em grandes jornais europeus. Finalmente, em 26 de Agosto de 2014 a confirmação da transferência de Ángel Di Maria para o Manchester United.
Não apenas uma grande contratação. Tratava-se de “a” contratação. Enchíamos a boca para dizer que desta vez demos o troco. O Real Madrid, acostumado a nos roubar ídolos, desta vez, teria de se desfazer de um de seus principais jogadores. Ao lado de Cristiano Ronaldo, Di Maria causava verdadeiros pesadelos às equipes adversárias.
Magro e franzino, El Fideo, como apelidado em espanhol, foi considerado por muitos especialistas o melhor argentino na temporada da tão sonhada La Décima, conquistada pelos merengues em 2013/14. Seria um fato irrelevante se não houvesse nessa disputa um cidadão chamado Lionel Messi.
Di Maria chegou à Old Trafford, dizendo estar no maior clube do mundo. O investimento provou que isso era verídico. Tiramos do bolso nada menos que 59,7 milhões de libras, o que significou a maior transferência já realizada na Inglaterra.
Nada comum para um clube como o Manchester United, que construiu sua história pela tradição. Mas, naquele momento, sentimos que Di Maria poderia se tornar maior. Um jogador que, depois de Cristiano Ronaldo, voltaria a honrar nossa mística camisa 7. Um número mágico. Um número pesado, vestido de maneira respeitosa e admirável por grandes lendas. Jogadores que fizeram história e amaram este clube.
Pensamos que Di Maria poderia trazer de volta a alegria para o palco do velho teatro. Palco acostumado com a grandiosidade, mas que não dispensa a simplicidade de suas origens.
Não queríamos nenhuma mágica. Isso é coisa para amadores. Queríamos apenas respeito. Alguém que sentisse a força das vozes que cantam todo fim de semana no velho teatro e dos milhões espalhados pelo mundo que acompanham o time do coração.
Ao que parece nos enganamos. Ao invés de show, tivemos uma mágica barata. Na primeira dificuldade, o mágico recuou e usou da velha tática. Com um bastão na mão, conduziu nossos olhos para suas palavras. E com um toque tirou o coelho da cartola. Ao fim, fugiu para França, deixou para trás seu chapéu brilhante. Ao verificarmos, encontramos um pequeno envelope. Nele estava um cheque em branco, assinado por um tal de “Sheik das Arábias” e mais abaixo uma sigla. P$G.
Estudante de jornalismo e colunista do ManUtd BR. Desde que me conheço por gente vivo e respiro futebol. Fã incondicional do Manchester United. Motivo? História, respeito, raça, tragédia, vitória, título e acima de tudo símbolo! Quantos aos outros? Nunca serão!
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