Por Filipy Bebeto
28/12/2013
Fecham-se as cortinas do velho teatro, o espetáculo apresentado em 2013 foi um daqueles dramas medievais e só faltou morte para serem iguais aos de Shakespeare. O conturbado ano que marcou o fim de uma epopeia no reino de Manchester, onde o lendário e incontestável reinado de Alex Ferguson teve um fim.
A princípio nos sentíamos assustados, não obstante, um pouco empolgados em saber quem iria suceder o nosso querido velhinho. Nossos corações pulsavam de ansiedade, seria Mourinho? Kloop? Villas Boas? Não, nenhum…
A notícia chocou a todos, o futuro do hegemônico Manchester United foi jogado nas mãos de um “desconhecido”, mas este detinha toda confiança do ‘boss’ e isso de certa forma nos tranquilizava, afinal, confiança e Ferguson são sinônimos.
A missão de Moyes era simplesmente dar continuidade a um legado que fora construído em 26 anos de muito trabalho. Não tinha só uma grande missão pela frente, tinha também em mãos o coração de milhões de fãs apaixonados pelo clube.
A desconfiança no início era normal, afinal, creio que nenhum de nós chegou a ver o Manchester United sendo comandado por alguém que não fosse o Ferguson.
Renovado nosso setor extra campo, iniciou-se o período mais frustrante do ano, a busca por reforços. Não foi fácil ver o United sendo preterido por clubes como Roma, mas fazer o que… Foram inúmeras tentativas falhas e nossa vanguarda sequer foi decentemente reforçada. Mas é melhor nem lembrar disso.
O tempo foi passando, os resultados não vinham sendo conquistados e a paciência da torcida com o ‘sucessor’ foi se esgotando, afinal, é vergonhoso um clube do naipe Manchester United estar situado no meio da tabela sem ao menos ter perspectivas de ascensão.
Entendemos que o Moyes precisa de tempo para que ele se situe e acorde para a vida. Finalmente o time começou a engrenar e parou de perder pontos bobos. Mas é difícil ver o quão limitado é nosso escrete. Young, Welbeck, Valencia por mais que venham jogando muito bem, não são jogadores responsáveis, tampouco diferenciados.
É importante vislumbrar o futuro, mas não adianta adiantar o futuro, Janujaj não pode receber tanta responsabilidade. Wazza tem dado conta do recado contra times pequenos, Van Persie sofreu com as constantes lesões e oscilou muito durante a temporada, mas vamos manter a calma, afinal, o ano agora é que vai começar. É hora da diretoria se movimentar e começar a construir um time do nível que o United merece!
Que no próximo ano a renovação se efetive e que as coisas voltem ao normal, porque o normal para nós é estar no topo sempre!
No peito um coração que pulsa relutantemente pela sua inexorável paixão, a bola. Filipy é amante incondicional do Vasco da Gama e do Manchester United, vive e respira futebol. O pernambucano de 19 anos é assíduo telespectador desse esporte que lhe arranca os suspiros mais ofegantes. Por causa dele, inclusive já furou encontro com a própria namorada. A bola é seu grande amor e somente sob à majestosa ótica daqueles belíssimos gramados verdes é que o pequeno estudante de direito encontra o seu maior refúgio nas tardes negras de domingo.
CLIQUE AQUI E LEIA TODAS AS COLUNAS ESCRITAS POR FILIPY BEBETO