Nunca um canto das arquibancadas esteve tão presente no dia a dia do Manchester como atualmente. O norueguês Ole Gunnar Solskjær talvez não tenha feito nada, tecnicamente falando, mas mesmo assim ele fez tudo.

Continuamos com os mesmos problemas defensivos dos últimos anos e basta olhar para os resultados que percebemos que apesar das vitórias vamos levando gols constantemente, apesar da dupla Bailly e Lindelof terem encaixado ainda estamos vulneráveis e muitas vezes somos salvos por milagres do nosso santo protetor, David De Gea.

Mas, na nossa atual situação, o ambiente ficou tão leve, tão bom que nem incomoda tanto essa fragilidade. Solskjær chegou e trouxe a felicidade que nos faltava para enfrentar esses dias cinzentos. Acredito friamente que ele pouco fez tecnicamente, volto a dizer, mas ele soltou o time nos quatro jogos da Premier League que ele esteve no comando. É verdade que tomamos gols em três, porém nosso ataque descambou a marcar, foram 14 gols, para se ter uma ideia nos dezessete jogos com Mourinho no comando tínhamos marcado 29 gols. Uma diferença absurda e as duas únicas mudanças em Old Trafford foram o ambiente que era pesadíssimo com o português e agora está super feliz com o nosso eterno camisa 20. Com a liberdade que ele deu ao ataque os Red Devils vêm atacando como se não houvesse amanhã e o resultado mostra que o time não é tão ruim como o Special One pintava.

Sei que para voltarmos à briga por títulos importantes precisamos de equilíbrio entre o ataque e a defesa e também sabemos que a Premier League nessa temporada é um sonho muito distante, mas para a Champions League, crescemos como time no momento certo e se mantivermos o encaixe temos camisa, tradição e força para vencer. Jogos mata mata deixam tudo em aberto e com garra podemos superar a diferença técnica para times como Barcelona e Bayern de Munique, para o restante da temporada nós temos que comemorar a volta da felicidade no Teatro dos Sonhos e cantar em pleno pulmões:

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