Por Melissa Gargalis
22/09/2015

Campeonato extremamente disputado e cheio de surpresas. Times que não ostentam a dinheirama, nem jogadores ou técnicos estrelares, estão fazendo muito bem o seu papel. Ajudando a Premier League ser considerada por muitos o melhor e um dos mais difíceis campeonatos do mundo.

A 6ª rodada foi bastante favorável para o Manchester United começando com a derrota do vizinho, Manchester City, para o West Ham por 2 a 1.  Fora de casa, o time comandado por Louis van Gaal fez direitinho o seu papel. Uma vitória importante que nos deixa apenas 2 pontos atrás do City, líder do campeonato.

Nada tira a importância da vitória, nem a euforia dos torcedores em ver Memphis Depay caindo muito bem com a lendária camisa 7.  Anthony Martial (36 milhões de libras) é outro motivo de orgulho para os fãs. O francês marcou 3 gols em  3 jogos da PL, sendo um deles o  golaço contra o Liverpool em sua estreia com a camisa do United. Um excelente começo para o garoto de 19 anos, aposta de LvG.

No jogo deste domingo, contra o Southampton, tivemos outro destaque tão importante quanto Martial. De Gea mostrou o motivo pelo qual o Real Madrid quase o arrancou de Old Trafford. O espanhol foi simplesmente excepcional e não seria exagero nenhum afirmar que a vitória só aconteceu, porque De Gea fechou o gol, afinal, o time da casa deu trabalho, arriscando 15 chutes, sendo 8 deles na direção do gol.

Fato positivo da campanha red devil é que levamos 5 gols em 6 jogos. Claro que poderíamos ser melhores, mas com a realidade que temos, considero uma boa estatística. Basta comparar com a quantidade de gols tomados pelo Chelsea, atual campeão inglês, que foi vazado 12 vezes.

Por isso, temos que aplaudir o trabalho de Louis van Gaal. Mesmo com jogadores do setor defensivo, sempre sofrendo com lesões, conseguimos ter boas estatísticas. Por outro lado, permaneço persistente e, me desculpem, mas até mesmo repetitiva quanto à necessidade de investir em zagueiros. Espero que na próxima janela consigamos ser mais competentes.

Agora com a terrível lesão de Luke Shaw vamos começar a sentir essa necessidade se tornar um pouco maior. Rojo é o substituto na lateral esquerda. Vamos perder muita qualidade por esse setor, já que, para mim, Rojo atua melhor no miolo da zaga. Sem contar, que como zagueiro também deixa a desejar.  Por isso, a dupla titular, dentro da nossa realidade, seria Chris Smalling, que vem fazendo boas atuações e, Phil Jones, que segue machucado.

É por conta dessa rotatividade forçada na defesa, que eu tenho um pé atrás. Além disso, temos Rooney, Martial e, talvez, Wilson como centroavantes. Rooney, inclusive, está apagado. Nos jogos que atuou como “9”, criou apenas 2 oportunidades de gol, por partida. Nos jogos contra Newcastle e, depois, contra o Swansea, não criou nenhuma chance de gol.

Ainda é cedo, mas é por isso, também, que não acredito que o United poderá lutar pelo título da UEFA Champions League ou até mesmo da Premier League, nesta temporada. Estamos, ainda, em formação, não sabemos quem são nossos jogadores titulares, com exceção de uns ou outros.

Além disso, nenhuma vitória me convenceu até aqui. Vencemos por 1 a 0 o Tottenham em Old Trafford, com um gol contra. Aston Villa, mesmo que jogando fora, é um time para se fazer mais de um gol. Tropeçamos em casa, no empate por 0 a 0 contra o Newcastle.  Perdemos fora para o Swansea, por 2 a 1, num jogo que o time ficou completamente desnorteado. Contra o Liverpool, conseguimos um bom placar, porém, nosso maior rival estava com desfalques importantes, como Philippe Coutinho, Henderson e Sturridge. E, também, faz tempo que o Liverpool já não oferece riscos a ninguém.

 Por fim, jogo fora contra o Southhampton. Começamos muito mal, a defesa bastante desatenta. Os dois gols que sofremos foram provas disso, principalmente no segundo gol, que ninguém tirou os pés do chão.  Porém, num todo, jogamos bem, só não fizemos isso por 90 minutos.

Apesar da minha exigente avaliação, já evoluímos bastante. Precisamos apenas demonstrar um pouco mais de segurança no time. Van Gaal está fazendo um bom trabalho, mas é um bom trabalho que precisa ser traduzido em atuações mais firmes, mais seguras e, portanto, menos sofríveis.

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