Estacionado na sétima posição, o Manchester United continua a se complicar no campeonato. Teve a chance de assumir, no mínimo, – quinta colocação, mas foi impedido ao novamente ficar no empate sem gols contra o Liverpool em Anfield. O futebol pouco vistoso partiu do setor da frente, com algumas ressalvas, foi ineficiente e pouco ameaçador no campo dos anfitriões. Porém, sobrou mesmo para a defesa, com breve destaque para De Gea, que teve ótima compostura e segurou um impetuoso Liverpool de abrir a contagem.
Apesar do mau resultado, muitas lições em relação a equipe puderam ser tiradas, e José Mourinho analisou algumas delas em entrevista para a Sky Sports após o certame. Curiosamente, na maioria positivas. “Eu acho que foi um jogo muito difícil para ambos, mais para eles do que para nós. Nós mantivemos o controle do jogo por longos períodos. Começamos muito bem, tivemos o controle do primeiro tempo. No segundo tempo David [De Gea] realizou duas grandes defesas que são isoladas do contexto. Mas o jogo foi completamente sob controle, não apenas no ponto de vista tático, mas também no ponto de vista emocional. Nós influenciamos a atmosfera do estádio”.
Principais referências em gols, a noite não perdoou nem mesmo Zlatan Ibrahimovic e Marcus Rashford, que este foi substituído aos 77 minutos para o lugar de Wayne Rooney. “Nós tivemos uma grande chance e eu pensei que Zlatan fosse marcar; se você marcasse aquele gol, seria 1 a 0, tchau, acabou. Mas acho que nós perdemos um pouco de nitidez. Eu estava esperando mais penetração e estava pensando também sobre Rashford em posição atrás de Zlatan, mas ele teve cãibra e então fiz uma alteração. Naquele momento pensei que seria difícil vencer, então não vamos perder”.
Quando fala-se em ‘controle de jogo’, um dos primeiros dados estatísticos que correspondem é o da posse de bola. Entretanto, foi este que o United mais pecou. Diante do adversário dominador em campo, os Diabos Vermelhos contaram apenas 35% de posse. Neste cenário nada satisfatório, Mourinho se justificou. “Era este o jogo que planejamos. Não queríamos controlar o jogo tendo a posse de bola o tempo todo. Sabíamos que eles queriam pressionar nosso campo defensivo entre os passes de Bailly e Smalling para Fellaini e Herrera. Sabíamos também que a transição de quando eles perdiam a bola era muito forte e intensa, então nos adaptamos a aquela situação. A partir daí, soubemos que seria muito difícil para eles marcarem um gol”.
Por fim, elogiou a equipe adversária e aproveitou para responder o ‘exagero’ que a mídia faz em relação a equipe comandada por Jurgen Klopp. “Nós tentamos iniciar ambas etapas mais fortes, porém eles são um bom time. Eles não são a ‘última maravilha do mundo’ que vocês dizem, mas eles são bons”.
Esta semana inicia-se uma pequena prévia do corrido calendário do futebol inglês que consta no fim de ano (com rodadas natalinas e de virada de ano). Onde o curto espaço de tempo desafia o lado físico dos jogadores, sem contar com a pressão no treinador para realizar ajustes rápidos para manter a regularidade. Nesta quinta-feira, o United enfrenta o Fenerbahçe pela Liga Europa às 17h05 (horário de Brasília) no Old Trafford. No sábado, três dias depois, encara fora de casa o Chelsea, divididos por dois pontos na tabela, em briga direta pelo G5.