Acredito ou quero acreditar que todos já chegaram ao limite, em relação ao momento do Manchester United. De uma janela promissora a uma temporada em que estaremos contentes em não sermos humilhados, como fomos diante do Liverpool.
O EXPOSED que passamos em casa nos deixou muitas lições: Ainda tem muita estrada pela frente. E nessa estrada, temos uma maquina muito boa, com o grande motor, mas chegamos conclusão que o nosso piloto ainda não está pronto.
Ele cuida direitinho da nossa maquina. Ele leva na revisão, compra os melhores equipamentos para “tunar” ele da melhor maneira possível, mas pilotar, ele parece não estar sabendo.
Chegam alguns momentos em que você está pilotando, você precisar saber o momento certo da ultrapassagem. O momento certo de arriscar, não fazer aquilo que a sua equipe está pedindo e ter algo fora do comum ou do planejado. Às vezes precisamos pensar fora da casa, precisamos saber o que estamos fazendo e porque estamos fazendo.
Esse talvez seja o grande problema de Ole Gunnar Solkjaer: Não saber qual direção tomar, pra onde ir e o que fazer com uma máquina tão potente como o Manchester United.
O jogo diante do Leicester já tinha nos dado uma noção, do que estava a vir pela frente. A virada diante da Atalanta foi apenas uma ilusão que serviu para os adversários se deliciarem. Klopp foi muito esperto nas estratégias e nas lições que o jogo contra a Atalanta deixou, para todos, mas somente um ser vivo não percebeu o tamanho da fragilidade no nosso jogo e não tomou as devidas providências: OLE GUNNAR SOLSKJAER.
O Manchester United foi engolido pelo Leicester e aplicou quatro gols na nossa defesa. Assim também a Atalanta aproveitou a fragilidade do nosso sistema e também fez dois gols que, pra nossa sorte, conseguimos virar o placar e manter uma situação mínima na competição.
A boa notícia é que OGS não é mais unanimidade, nem mesmo entre os torcedores e os influenciadores na Inglaterra. O paternalismo ficou enraizado no time todos acham que vários cargos no Manchester United são cargos patriarcais, cargos afetivos e não por competência.
É extremamente complicado dizer que um time do Manchester United não tenha os melhores profissionais no seu clube. Atualmente, vários ex-jogadores têm ocupado cargos estratégicos no nosso clube, sem ter a cobrança que cada um deve ter quando não está rendendo.
Fica tudo por conta e ninguém percebe o problema. O clube pode ter um bom ambiente, mas é extremamente mal preparado e mal treinado. Não se têm alternativas e as contratações foram mais uma cortina de fumaça do que uma necessidade. Trouxemos Ronaldo e Sancho, mas mantivemos Martial. Trouxemos um zagueiro da classe de Varane, mas não conseguimos dar a ele um companheiro digno.
Sem contar outros jogadores que se mantém no elenco como se o Manchester United devesse um favor para cada um deles. Por mais que lá a cultura seja de apoio por uma pessoa tão importante para o Manchester como é OGS, chega num momento em que nem só com amizade ou com qualquer lado afetivo, possa fazer ele render o que minimamente se espera.
O pior de tudo é que não tive coragem de acompanhar o jogo, já prevendo o esculacho que o Manchester United iria tomar. Mas olhando os melhores momentos, tive a nítida impressão de ter visto o replay do jogo diante do Leicester, em que os mesmos erros que aconteceram no King-Power voltaram a acontecer nesse fatídico domingo.
É a hora de mudar e não se tem mais margem para esperar.