Quando o treinador é anunciado no clube, não há nada mais incomum de que ele busque trazer seus fiéis escudeiros, aqueles com quem possa contar no momento do processo de ‘familiarização’ com o restante do elenco. Alex Ferguson trouxe Gordon Strachan e Jim Leighton do Aberdeen em suas primeiras temporadas. O sucessor David Moyes trouxe Marouane Fellaini do Everton, e então Louis van Gaal também se reforçou com Daley Blind e Memphis Depay, diante dos êxitos na última Copa do Mundo. Agora com José Mourinho, apostaram-se vários nomes que já trabalharam com o português, em exclusivo Zlatan Ibrahimovic, que encerrou seu vínculo com o PSG e investirá seus últimos anos como futebolista (será?) exclusivo ao United, pois também anunciou sua retirada da seleção sueca.
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Em paralelo com os exemplos citados, Mourinho e Zlatan também viveram momentos gloriosos em uma única temporada que trabalharam juntos, mais especificamente na Internazionale em 2008-2009. Apesar de terem caído cedo na Champions League justamente para o atual campeão na época Manchester United nas oitavas de final, conquistaram o Scudetto com 84 pontos, dez a mais que a Juventus e o Milan, e o sueco foi o artilheiro com 25 gols (com direito a esta pintura contra o Bologna), superando Di Vaio e Diego Milito (este que futuramente reforçou a Inter campeã mundial de Mou) ambos com 24.
Naquele elenco que ainda contava com Javier Zanetti como capitão, Júlio César debaixo das traves, Marco Materazzi, Adriano Imperador, Crespo, Vieira, Luís Figo, Stankovic, entre outros. Foram campeões da Supercoppa Italiana batendo a Roma nos pênaltis e foram semi finalistas da Coppa Italia quando não puderam reverter o placar elástico da Sampdoria no primeiro jogo. De qualquer forma, quando o espírito vitorioso do atacante e do treinador estiveram no mesmo lado, uma tríplice coroa esteve perto de acontecer. Se não ocorreu, ao menos o título mais importante do país eles levantaram. E fora que Mourinho pôde se deleitar na temporada seguinte quando conquistou a sonhada e merecida tripleta.
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Com o passar do tempo, Ibra infelizmente pode não ser mais o mesmo de sete anos atrás, mas o entusiasmo de trabalhar com o português novamente (e o profundo respeito que ainda impera) pode voltar a acender o espírito que o United precisava que não tinha há muito tempo, e com certeza a competitiva corrida pela Premier League e a Liga Europa, estimulará a tão sonhada “volta aos trilhos” que os torcedores tanto cobram da diretoria, que se dissiparam com a saída do lendário Sir Alex Ferguson.