por Luís Fernando Kormann dos Santos
Mais uma semana se passou e a pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) segue sendo o motivo para a suspensão de todas as maiores ligas do mundo, incluindo a Premier League. E como durante essa pausa forçada as novidades acerca do Manchester United têm sido poucas e pouco relevantes, a solução novamente é buscar no passado de glórias dos diabos vermelhos algo interessante sobre o que escrever.
E em meio à fantástica recuperação da equipe na Premier League após a chegada de Bruno Fernandes e o despertar dos sonhos dos torcedores para as próximas temporadas, o último grande triunfo europeu do Manchester United parece um destino bastante atrativo para a ocasião.
Campeões ingleses na temporada anterior, os diabos vermelhos iniciaram a temporada 2007/08 como fortíssimos candidatos a todos os títulos. Entretanto, o que Sir Alex Ferguson e seus comandados fizeram foi muito além disso. Naquela temporada, o mundo seria apresentado a uma das maiores equipes deste século.
O Manchester United deixou escapar os títulos da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga, mas a Community Shield e os dois maiores objetivos da temporada foram alcançados. Na Premier League, o bicampeonato consecutivo foi conquistado depois da vitória sobre o Wigan na 38ª rodada, gols de Cristiano Ronaldo e de Ryan Giggs.
A UEFA Champions também foi conquistada após uma vitória na disputa de pênaltis com o Chelsea de Avram Grant pelo placar de 6×5 depois de um empate por 1×1 no tempo normal persistir na prorrogação. Indiscutivelmente emocionante, a final física e tensa pode não ter sido a partida dos sonhos, mas gravou em letras douradas na história do esporte os nomes de atletas que se tornaram lendas.
Defendendo o gol do Manchester United, o veterano Edwin Van Der Sar, um dos maiores goleiros de sua geração. À frente do holandês, Rio Ferdinand e Nemanja Vidic formavam a melhor dupla de zagueiros do planeta naquela época. Nas laterais, a potência física de Wes Brown na direita era compensada pelo talento e intensidade do francês Patrice Evra pelo lado esquerdo.
No meio-de-campo, dois volantes com Paul Scholes como a única certeza. Ao lado do lendário camisa 18, Michael Carrick, Darren Fletcher, Owen Heargraves e um jovem brasileiro chamado Anderson se revezavam conforme as exigências de cada uma das partidas.
Duas eram a certezas na segunda linha de meio-de-campo, um experiente Ryan Giggs e Cristiano Ronaldo. O craque Wayne Rooney também tinha garantida a vaga entre os titulares, em algumas ocasiões atuando como um meia-atacante atrás de Carlos Tévez ou de Louis Saha e em outras como referência do ataque, com um incansável Park Ji Sung completando o meio-de-campo.
Entretanto, não foram apenas os craques que tornaram aquele time uma lenda entre os torcedores, havia muito mais para apreciar. Aquela equipe era completa, existia muita fluidez, trocas de posição, alternâncias de ritmo e agressividade em direção ao gol adversário, e tudo isso sem perder de vista a solidez defensiva.
E embora o assunto deste texto seja o Manchester United da temporada 2007/08, vou recomendar ao jovem torcedor red devil que teve a curiosidade capturada que assista ao massacre pelo placar de 7×1 imposto sobre um indefeso time da Roma nas semifinais da UEFA Champions League da temporada anterior. Aquele talvez tenha sido o primeiro grande vislumbre do que aquela equipe – à época ainda em formação – era verdadeiramente capaz.
Pergunta do dia: E você, leitor red devil, se lembra desse Manchester United histórico? Quais outros jogos dessa equipe poderia recomendar? Sua opinião sempre bem-vinda nos comentários. Glory, Glory Man United!