Wayne Rooney faz parte do seleto grupo de 25 jogadores que disputaram 400 jogos com a camisa do Manchester United – e se tornou o quarto mais jovem da lista ao alcançar esta marca em abril de 2013.
Sua estreia em Old Trafford, em setembro de 2004, for marcada por um memorável hat-trick contra o Fenerbahce, na UEFA Champions League.
Talvez sua performance não seja tão surpreendente, dado o enorme reconhecimento conquistado com o agora técnico do Academy, Paul McGuiness, alguns anos antes, em uma partida juvenil entre United e Everton. “Rooney marcou um golaço de bicicleta, o que para uma criança de oito ou nove anos é algo especial.” Era apenas um exemplo do que viria a seguir, e claro, algo que ele repetiria em um dos momentos mais espetaculares do derby de Manchester, em um gol que para sempre será lembrado.
No final da temporada 2004/05, sua primeira com a camisa do United após deixar seu clube de juventude, o Everton, Rooney marcou 17 vezes em 43 aparições, e merecidamente recebeu o prêmio de PFA Young Player of the Year.
Sua segunda temporada em Old Trafford foi ainda melhor, deixando a bola nas redes 19 vezes em 48 partidas. Ganhou o prêmio Sir Matt Busby Player of the Year e o PFA Young Player of the Year, novamente.
Apesar do fracasso na Copa do Mundo de 2006, Rooney marcou 23 gols pelo United, sendo campeão da Carling Cup e de seu primeiro título inglês após três anos. Cristiano Ronaldo roubou toda a atenção na temporada 2007/08, mas Rooney marcou outros 18 gols. Sua parceria com os 19 gols do argentino Carlos Tevez foi decisiva para a conquista da Premier League e da UEFA Champions League, afirmando sua importância em Old Trafford. Mas não foram apenas os gols que marcaram Rooney no clube.
Incansável e conhecido por sua perseverança, Rooney sempre vai ao seu limite e não aceita perder. Apesar de algumas vezes essas marcas lhe causarem problemas, todos reconhecem seu imenso desejo e vontade de vencer. Apesar de ser atacante, Wayne tem facilidade em se adaptar, o que lhe permite jogar também um pouco mais recuado. Seu ritmo e visão de jogo fazem de Rooney um versátil jogador, que pode criar chances ou aproveitá-las.
Dito isso, gols são a especialidade de Rooney, e nem a chegada do búlgaro Dimitar Berbatov, em 2008, diminuiu a potência do inglês. Sem dúvida, os dois formaram uma forte parceria e, em janeiro de 2009, Wayne teve uma série de cinco jogos consecutivos com gols. Um mês antes, no Japão, ele havia participado da conquista do Mundial de Clubes da FIFA.
Na mesma temporada, Rooney ganhou sua terceira Premier League, mas infelizmente, o United perdeu a chance do bicampeonato da UEFA Champions League, sendo derrotado na final pelo Barcelona.
A temporada 2009/10 teve um ótimo início, quando nas primeiras rodadas goleou o Wigan por 5-0 e alcançou seu centésimo gol pelo clube. Em maio daquele ano, essa contagem chegou a 131 gols, quando Rooney carregou o time praticamente sozinho pelo campeonato nacional e continental. Seus feitos foram recompensados com vários títulos individuais, como os prêmios de jogador do ano da Professional Footballers’ Assosiation e da Football Writers’ Association.
Antes tratado como uma promessa, agora Rooney era reconhecido internacionalmente. Em Outubro de 2010, um novo contrato de cinco anos garantiu seu futuro em Manchester. Porém, o atacante só chegou perto de sua melhor forma na segunda metade da temporada 2010/11, mas sua contribuição para o 19º título do United foi inegável. Quando mais necessário e importante, Rooney aparecia para marcar e levar o time à glória. Sua melhor atuação foi contra o West Ham, marcando um hat-trick quando os donos da casa venciam por 2-0. Na última rodada, contra o Blackburn Rovers, manteve a calma necessária para converter o pênalti que sacramentou a conquista do título.
O camisa 10 do United manteve sua posição de talismã na temporada 2011/12. Na formidável parceria de Rooney com o recém retornado de empréstimo Danny Welbeck, Wayne marcou 34 gols para ultrapassar a lenda George Best na tabela de artilheiros do clube, atrás somente de Jack Rowley, Denis Law e Sir Bobby Charlton à sua frente. O recorde de Charlton, antes visto como invencível, agora parece próximo de ser ultrapassado. Com Rooney no auge de sua carreira, ele parece ser o homem necessário a tomar o lugar de um dos maiores jogadores que já pisaram em um campo de futebol.
A chegada do japonês Shinji Kagawa, em 2012, influenciou o posicionamento de Rooney, que passou a ser utilizado em várias ocasiões como um meio campista. Essa alteração causou uma inevitável queda no número de gols, somente 12 na temporada, amenizada pelo impacto dos 30 gols marcados por Robin Van Persie. Ainda sim, Rooney foi decisivo na vitória do United sobre o rival Manchester City, em dezembro, e na conquista de outro título inglês.