“This is Rooney, not his best touch to Scholes. Finds Nani… one on one on Zabaleta again. There is Rooney… OVERHEAD KICK! OOOH MY WORD! THAT IS AMAZING!”
Martin Tyler, 12/02/2011
Muitos irão concordar que este é o gol mais bonito que o “Shrek” marcou defendendo o escudo Red Devil, e nada mais justo que também seja a mais bela memória que tenhamos de seus 13 anos de carreira em Old Trafford.
É deste Rooney que pretendo me lembrar.
Esquecerei as últimas temporadas, onde a idade já era um empecilho à gana de artilheiro. Deixarei de lado as falhas táticas, a seca de gols, os incontáveis jogos no banco de reservas servindo apenas como um incentivador. Ignorarei o desempenho fraco em campo, que o obrigava a recuar cada vez mais para o meio do gramado – situação que o prejudicava ainda mais. Aliás, peço perdão pelas várias reclamações sobre o jogador que “já está velho” e não viu que “seu tempo no United acabou”.
Deste Rooney eu não irei me recordar.
Na minha lembrança ficarão os vários gols no Fergie Time, os pênaltis bem cobrados, as faltas que causavam pesadelos nos goleiros adversários. Terei na memória aquele jogador raçudo, que brigava com adversários e discutia com árbitros, que buscava o último respiro de ânimo e vontade nos companheiros cansados e desiludidos.
Vou falar com saudosismo da dupla com Cristiano Ronaldo, das assistências recebidas por Scholes, das tabelas com Giggs ou até mesmo das duplas com Berbatov e Tévez. Em breve iremos relembrar do recorde de 253 gols em 559 partidas, dos 5 títulos de Premier League, da memorável conquista da Champions ou da incrível marca de conquistar todos os títulos possíveis com o clube.
E agora, pela última vez, você presta um serviço à torcida que tanto lhe acolheu. Seu retorno ao Everton nos ajuda na contratação de um novo atacante, mais jovem e promissor, que talvez traga alguma lembrança de suas excelentes performances – mas nunca será seu substituto.
Assim como com a #11, nunca teremos outro #10 como nosso lendário capitão. Muito obrigado, Wayne Rooney!