Existem duas maneiras para se lembrar de George Best. Uma vai nos levar a fúria, frustração. A outra irá nos trazer alegria, gratidão e acima de tudo, um maravilhoso sentimento de felicidade. Então não deveria haver qualquer duvida, deveria ?
Claro, só um raro fã do Red Devils que nunca sentiu uma pequena pontada de remorso quando o garoto de Belfast, não alegrou o Old Trafford, para não dizer, por quase outra década. Mas ganância é quase um pecado repugnante. George, cansado das 11 temporadas passadas no United, e talvez sete ou oito delas deram tanto prazer, que criaram tantas memórias, que a esta altura, é grosseiro se preocupar com tão pequenas razões.
Desde os seus primeiros dias na Inglaterra, foi evidente que uma tímida nostalgia de um rapaz foi especial. O talento mostrado nos treinos, estímulo para os gostos de Harry Gregg, que com seus truques, assegurou a George uma rápida promoção ao primeiro time. Ele ficou por aquele lado anos e anos,uma era que terminou definitivamente em 1968 com o triunfo na European Cup, na qual ele realizou uma participação inspiradora.
Do começo até o meio dos anos 60, George, enquanto ainda ficava mais maduro como jogador, brilhou tanto quanto qualquer estrela em uma extravagante afirmação de Matt Busby. Uma jóia de performance seguida de um imortal aceno. Duas performances que merecem destaque foram: o tormento do Chelsea de Ken Shillito em Stamford Uridge em 1964 e, a demolição do Benfica, incluindo os dois gols nos primeiros 12 minutos no Estádio da Luz em 1967.
Veio 1971/72 e o United foi criticado de frente, mas ficou tudo bem temporariamente quando liderou a liga no outono. Um gol marcado por George, envolvendo um drible desconcertante contra Sheffiled United, foi feito no paraíso. Mas os resultados caíram, seus problemas pessoais os dominaram, e o resto é apenas uma história amarga. Apesar de vários retornos, ele sempre ficou perdido durante os jogos.
Mas o que o fez diferente do resto ? Bom, como jogador, ele foi praticamente perfeito. Ele tinha a habilidade de jogar em qualquer posição. Além da legendária velocidade e habilidade, George também tinha uma incrível raça, poderia roubar qualquer bola como um zagueiro e era naturalmente capaz. Às vezes ele era muito ‘fominha’– o que poderia enfurecer os colegas de time enquanto os deixavam respirar – mas esse hábito foi logo recompensado quando ele destrua defesas bem armadas, completamente sozinho.
Vamos desejar tudo de bom a George Best e agradecer a Deus por ele ter sido enviado até nós.